sábado, 16 de agosto de 2014

Café

É num café que se descobre quem se é

Tudo que se marchava em cotidiano 
A mesmice de repetidas ações embrutecidas
A endurecida estrutura de um real
O apego pelo mesmos casulos

Tudo se desmorona numa pausa de um café
Êta freio bom!

Se a pausa é combinada a dois
Melhor a chance de ser o que se é
Pois se é, sendo o outro
Sendo o próprio café

Borra que me desenha num futuro
Dizendo que o café é um pretexto
E  o que vale é o parceiro
E seu cheiro que se entrelaça com o que se é

Cheiro de café
Nos comande por palavras
Que não sei o que é
O que sou e quem o é

No momento que a descoberta 
Que dois em café é humano amando o que se é
Chega alguém  e apresenta
A conta da padaria do Zé

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